sexta-feira, 28 de março de 2008

Resenha de Lafaiete Jr.


Veja um texto excelente de Lafaiete jr. que escreveu para o Alto Falante uma história que engloba diversas situações citadas nas letras do Carolina Diz.segue alguns trechos desse relato do cotidiano de uma tal de Carol:




"...Carol, com seus quase trinta anos, que sempre diz não gostar da vida que leva, mas vive com a satisfação e o pudor necessários para manter uma vida pacata, sem grandes pretensões. A não ser o anseio por felicidade...". "...Carolina levanta-se da cama e coloca o disco de uma banda xará para tocar enquanto vai arrumar o café e preparar sua filha, Lúcia, para a escola..." "...E às sete da manhã Lúcia fica na escola...".


"...O disco – “Crônicas Do Amanhecer” – que estava escutando pela manhã em casa agora a acompanha pelas ruas daquela manhã cinza por meio de seu aparelho MP3, presente de um de seus clientes mais legais e humanos, segundo ela mesma..." "...Dentro do ônibus, as guitarras sujas e entrelaçadas de “O Que Me Faz Cantar” trazem à memória tristes lembranças da noite anterior. As lágrimas descem quando Humberto Teixeira canta...". "... Desce do circular e, logo numa esquina qualquer, esperando que o semáforo ascenda a luz verde para sua travessia segura, lê em um papel colado no poste com uma foto em preto e branco manchada pela chuva: “Letícia dos Santos desaparecida desde sábado / foi vista pela última vez na praça 1º de Maio / trajava saia e blusa azul, morena, cabelos encaracolados / ao irmão disse apenas que iria comprar cigarros”. Ficou perplexa com as informações do humilde cartaz e ainda mais assustada quando atravessou a rua e leu a manchete de um desses jornais sensacionalistas, dizendo que encontraram a mesma Letícia dos Santos “com cortes em todo o corpo e um dos olhos arrancado / foi encontrada por vizinhos num ferro-velho abandonado”...".


"...Já em casa e de volta ao som do disco da mesma manhã, a mulher triste daquele dia lembra que a noite estava para chegar e encontra um conforto torto em “O Migrante”, já que para ela “as ruas parecem ter sido seu berço / um cativeiro sem fim e sem começo”...". "...Alguns toques codificados a porta avisam que a vizinha, um verdadeiro anjo suburbano, trazia Lúcia para casa, depois de buscá-la na escola, junto de seu filho, e lhe dar o que comer. Talvez fossem umas dez horas da noite. Carol coloca Lúcia para dormir e vai tomar banho ..." "... troca-se rapidamente, coloca suas roupas a lá femme fatale para o trabalho, despede-se de sua filha com um beijo doce na testa daquela pequena mulher que ainda não tem idade para sofrer. Tranca a porta do apertado apartamento e, como toda noite, parece que ela vai “Nascer De Novo”. Desce as escadas cantarolando a urgência pessoal de “e vamos nós / nascer de novo / recomeçar”...".


"...O táxi está a sua espera na esquina do quarteirão de baixo, perto de algumas “escadarias de spray e mijo”. E lá vai Carol, pronta para atravessar meia Belo Horizonte que se confunde com a beleza não maquiada de “BH Blues”. O cliente de hoje marcou o encontro justamente no Edifício Maletta...". "...Bebem algumas cervejas para esquentar o frio da lua cheia e aquecer o gás da cama que está por vir e saem em direção a um motel de segunda. Onde a festa rola solta...." "...fazendo com que sua noite seja mais noite que a própria noite..."








Para ler a resenha completa,visite a página:


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.